(a Machado)

Gosto de todos

Dos que vivem solitários

E dos que morrem de mãos dadas

Dos que estão nas cozinhas

E dos que estão nas salas

Ouço quase como num transe

Canções de um bardo solitário

Que chora em notas musicais

Tristezas de um mundo sem rima

A lamparina nas mãos do homem

No alto das colinas que circundam a vila

Por entre plantas e animais

Iluminando e escurecendo

Caminhos que não percorre mais

Envolto pelo manto

Escondido por entre segredos

Na solidão ou na multidão

Na montanha mais alta

No vale mais profundo

Será só ele personagem deste mundo?

Vermelho
Enviado por Vermelho em 16/01/2005
Reeditado em 16/01/2005
Código do texto: T1716