Flores do mal
acordei com a morte à minha porta,
ela estava ali, recostada no portal,
quieta, na espreita que lhe é peculiar.
não me disse sequer, bom-dia!
entendi tudo, minhas bases ruíram,
perdi o pé que suportava minha dor,
acabou a morfina que me sustentava,
morreu a esperança que nascia
os vermes, imundos e carcomidos,
digladiam entre meus órgãos vitais
querem que eu morra antes da hora
querem viver da minha morte
ah mundo insano e doente,
não há poesia quando si morre,
nem morte que não mereça um verso
ó morte, ó vida, ó amor!!!...
Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 08/06/2006
Código do texto: T171727
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