ADENTRAR-TE
Tua ausência me desespera
Já não fico na janela
Pois a paisagem acelera meu coração.
Na monotonia, do meu olho que vê
Me perco em lucubrações sem sentido
Não observo o horizonte azul do teu vestido.
Ouço tuas sedas retumbarem na carne
Mentira. Apenas escuto os fluir do tesão
Batendo, batendo em ritmada pulsação.
Espera tua:
Segundos, dias, anos, milênios atirados ao vento
Esperar pra quê? Só me falta adentrar mar adentro.