Quo Vadis?

Quo Vadis?

A lua espiralou lá fora

Anunciando a monotonia da tua ausência.

Refém da solidão brasilíaca deste altiplano

Refugio-me nas tramas do cobertor

Que me aquece nas desventuras do engano.

Onde a luz do teu isqueiro ardeu, outrora

Só restou a marca de fuligem no cinzeiro

Lá fora, tudo é geometria que me agoura.

Sei que teu amor não é verdadeiro

Mas se só queres meu dinheiro

Quo Vadis

Antonio Virgilio Andrade
Enviado por Antonio Virgilio Andrade em 17/05/2005
Código do texto: T17445