A FORÇA DO MEU AMOR

Um dia julguei ser só uma caravela

em alto-mar.

Frágil caravela capaz de à menor tormenta se quebrar.

Pensei ser a mais pálida estrela.

A flor mais débil, quase a cair do galho.

Pensei ser o regato mais escondido da floresta...

Quase a secar.

Neste dia não via à minha frente nenhuma claridade.

Só o negror eu conseguia enxergar.

Pensava no que poderia fazer por mim,

porque me julgava exaurida.

Não achava mais graça na vida.

Mas uma força vinda de um canto de mim

que eu desconhecia me ergueu nos braços,

e me levou a uma altura imensa.

Este levantar me pôs a pensar que eu não era nada

do que havia imaginado.

Que quando nasci até de asas Deus havia me dotado.

O que é que pode me derrotar? Me rebaixar?

Se existe no meu peito um coração valente

a pulsar.

Foi a força do amor que me deu forças para me levantar.

E um novo caminho à minha frente me fez enxergar.

Vi que nele muitas vitórias ainda posso alcançar.

E que muita estrada tenho para caminhar.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 17/01/2005
Reeditado em 01/04/2011
Código do texto: T1750
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