UM REINO
Quando o rei ausente
em plena presença
finca nas raízes do infante
importante flechas de nada
ele está plantando sementes
que sangrarão em vez de florescerem.
Os fluxos manchados escorrem
silenciosos pela memória ativa
despertando dores esquecidas,
trazendo à mente lúcida
razões ocultas de um presente
tão mortificado e culpado.
A simpática imagem revivida
não apaga signos do inconsciente.
O rei não soube jamais reinar.