Abstrato

Algo que não sentimos, imaginamos, mas nem dói.
Pode ser uma palavra, um gesto, um olhar, um abraço, um beijo, um carinho, um amor.
Ele nunca existiu, não tem calor humano, não existem emoções.
Emoções que não afloram, que joga pra fora toda sua timidez ou audacia.
Amor não pode ser abstrato, pois ele só vive de emoções vivenciadas á flor da pele.
Gostaria que tudo que sinto deixasse de estar estagnado, aflorasse, fosse rebelde.
Que eu tivesse a "coragem" de te falar de tudo o que sinto, do que gosto.
Mas a timidez jamais deixaria que eu te mostre o quanto posso amar.
Meus sentimentos brotam, saem e não tenho a quem dá-los.
Meu doce, deixa eu te dar, compartilhar tudo o que sinto.
Pois estão todos fechados aqui dentro do meu peito.
Te peço deixa, pois não quero que tudo se torne abstrato, sem vida, sem calor humano.
Deixa eu te dizer o quanto és importante pra mim.
Mesmo que o que eu diga, não seja tão importante pra ti, mesmo assim deixa, pois é, imprescindível  dizer a quem se gosta o que sentimos.
Se por esta ou aquela situação nada acontecer, mesmo assim valeu, pois falei do que sinto.
Assim a vida deixa de estar parada e sim quem sabe dou um passo adiante, talvez em busca de alguém que aceite meu amor.
Amor não pode ser imposto, tem que existir a "química", o toque, a sensibilidade de saber que é com aquela pessoa.
Senão foi desta vez, tudo bem o que importa é saber que tentei.
O importante é que falei do que sinto e não tornei-me uma pessoa abstrata.
Não quero ter passado á vida em vão.
Abstrato...
E não ter tentado viver, não ter amado, não ter vivido á vida plenamente.
Anja Perdida
Enviado por Anja Perdida em 16/06/2006
Código do texto: T176898
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