Ainda.

Quebro o cotidiano das manias

De sorrir ao tom que seduz

Esse meu coração infantil,

E perco o mar nas tempestades,

Outras tantas ventanias.

Desfaleço ao pé de um monte

Amando seus segredos e encantos.

Do silêncio ofereço as horas

Que definem lembranças

Desse meu infinito desejo.

O que tenho é um canto triste

Ancorado no porto de meus ais,

Sendo tinta desbotada pelo tempo

No azulejar das manhãs.

Não tenho muito, nem tenho pouco.

Da dor a clarividência,

Mística razão das manias

Depositadas em suas mãos.

Ainda colho esperanças.

Eliane Alcântara
Enviado por Eliane Alcântara em 19/05/2005
Código do texto: T17971