Balaloucas de Inverno
fui de pouco,
quase nada,
raspei de longe,
feito tal louco!
mas que mulher
é essa
que me perdoa,
e assina em
branco,
com fé,
meu desamor?
sou mór dos
sem feitos,
capataz de
ricos,
sou guerreiro,
mas me falta
a luta.
sento,
e me sinto imperfeito,
uma dobra de tempo,
sem nenhuma
explicação,
se lá não fosse o
vento dizer:
te levo,
te largo,
te trago
à bordo
da tenra canção!
tenha dó,
sou talismã
de pouca sorte,
mas me dê a
chanche
de um dia
morar
nos seus labios
e prover de
seu corpo
com chamas
de porte.
e faz,
meu mundo
seu espelho,
com arestas
de rosas
e perfumes.
você é de dona,
de maria,
de mulher,
chamada
com fé,
por toda roda,
de faz-solimões.
então,
faz de um homem só,
um gigante
de amado
à um córrego
sereno
de algum amor.
disfarça
e faz,
venho em paz!
pois você é balalouca,
firme e pomposa,
mas de verdade,
muhher bem louca
de amor honroso !
José Kappel
Enviado por José Kappel em 23/06/2006
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