No Mundo Do Nunca
Só no mundo do nunca existem lápides
É lá que eu me ponho a rezar
É só no mundo do nunca
Que eu me permito errar
Lá onde há lápides e fotos amareladas pelo tempo
É lá que eu despejo meu lamento
Sobre a minha lápide inexistente
Eu choro
Choro por toda essa gente burra e feia
E que não morre nunca
E o meu pranto é pesado e salgado
No mundo do nunca eu me encontro pra sempre
Mas pra sempre é muito tempo
E o tempo não pára
Só a saudade faz as coisas
Pararem no tempo
E é por isso que eu digo
Só no mundo do nunca existem lápides
É por isso que ainda vivo
Porque amor é quando a gente mora um no outro
E eu ainda moro em você então
Ao menos no seu coração
_Onde não há lápides_
Só há paixão.
Bi
OBS: esta poesia foi feita baseada em vários trabalhos de Mário Quintana, e também em sua homenagem por este ano especial.
Obrigada,