Poesia de Bolso 99 ( Angústia de ser eu )
Há muito meu abraço deixou-me
E sem pele é sempre frio
Como um rio de águas pardas.
( Nós nos olhamos
E nesse olhar uma sentença ).
Quero vestir-me de noite
Anoitecido estar sozinho
E nessa solidão de nem ausência
Mas o seu oco de tanto vácuo
Ser de mim o foragido
Consumido em fogo farto!