Improviso que sou.
As luzes que por hora brincam em meus dedos
são fagulhas de todos os amores
em que os fios enredaram meu coração.
E os lapsos de uma aversão ao medo
sorri no amanhecer que matreiro
nasce de minhas conclusões:
precipitadas tardes à beira do precipício.
E me abro abismo para todas
em espera e realidade.
E me abro poesia em brisa que passa
deixando da vida o perfume,
gerando outras possibilidades.
Que sonho eu tenho maior que o mundo?
Tenho a imensidão do silêncio
nas vozes todas as quais me sucumbo.
Isso me recria... Basta-me!