Improviso que sou.

As luzes que por hora brincam em meus dedos

são fagulhas de todos os amores

em que os fios enredaram meu coração.

E os lapsos de uma aversão ao medo

sorri no amanhecer que matreiro

nasce de minhas conclusões:

precipitadas tardes à beira do precipício.

E me abro abismo para todas

em espera e realidade.

E me abro poesia em brisa que passa

deixando da vida o perfume,

gerando outras possibilidades.

Que sonho eu tenho maior que o mundo?

Tenho a imensidão do silêncio

nas vozes todas as quais me sucumbo.

Isso me recria... Basta-me!

Eliane Alcântara
Enviado por Eliane Alcântara em 20/05/2005
Código do texto: T18249