Nos Braços de Querimeus
vou caminhando sozinho,
atrás,
três vazios:
de minha vida,
dos bares de luzes,
e dos fogosos
centuriões
de pouca vida.
caminho sozinho,
só pode ser assim,
se vou em frente
caio no desespero
dos copos abatonados,
ou nos braços
de alguém que me quer,
não porque eu sou
mas porque sou
a maldição de sua noite.
se sou, não sou mais,
se quero ser,
morro sem vontade
nos braços vazios
dos quirimeus,
que abraçam a noite
com todo alarde.
e, de longe gritam:
-lá vai o vazio
-lá vai andando a solidão
sem alívio.
José Kappel
Enviado por José Kappel em 27/06/2006
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