Perdoa-me
Angélica T. Almstadter
Perdoa-me, se me vesti de tempestade,
Se de cinza matizei os teus olhares,
E desandei assustada na tua ansiedade
Fechando em copas teus lindos luares.
Por acréscimos, meu amor se fez acidental;
Transbordando insípido, nos cálices vazios
Bebida barata que se esgota antes do final;
Perdoa-me as nódoas marcadas a frio.
Não fui capaz dos zelos manter nos trilhos;
Sucumbi ao apelo do meu egoísmo,
Quando insana cantarolei meus estribilhos.
Perdoa-me a nota solta, o eufemismo;
A destreza dos passos tão andarilhos,
A solidão infinita do meu cepticismo.
Angélica Teresa Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Almstadter em 20/05/2005
Código do texto: T18322
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