Resgate e salvação
“Amor! E a satiríasis sedenta,
Rugindo, enquanto as almas se confrangem,
Todas as danações sexuais que abrangem
A apolínica besta famulenta! (Augusto dos Anjos)
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Cada amor,
sua desventura,
pois uma vida
a uma outra atura
e geram-se culpas
para a contrição.
Cada pecado,
sua constrição;
pois é na dor
que ressurge
a rendenção:
resgate tardio
da alma contrita.
Nas desesperanças
somos frutos
da última essência;
junções imperfeitas
do primeiro olhar
da carne... - do sexo!
Beijos e desavenças.
Na cama isolada
de cada perdão
descansa sempre
o pecado ao lado
- indomável!
pois é na sala
dos nossos fados
que se faz a oferta:
alcova e resgate,
ao amor, salvação!
Kal Angelus
Enviado por Kal Angelus em 27/06/2006
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