Poesia incidental

Esse silêncio suspeito

que invade minha porta,

vindo da sua rua,

tem cheiro de mentira,

ares de segredo...

Essa verdade de entrelinhas

dita entre dentes,

ao pé do ouvido de outrem;

parece zombar do caos

instalado durante o silêncio...

Continuo pincelando palavras

pendurando-as no varal;

hei de secar suas emoções...

e quando encontrar de novo

o som das palavras que calou;

teremos canteiros de poemas

enchendo de vida e sorrisos

as calçadas que estão

ido e vindo entre nós...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 29/09/2009
Código do texto: T1838226
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