Reis de Ninguém
Meu corpo pluma ao vento,
porém, sem desmentí-lo,
meu corpo afogueia no espaço
como se eu ave fosse de algum céu.
Meu corpo é debanda dos
à chegados,
para o banquete das horas;
para vestí-lo me coloco
de azul alado.
São os reis de ninguém
a procura de cetros
de palha!
Sou dono de outro dono,
sou dono de parte dela,
mas não sou rei nem príncipe,
que a banha de beijos.
Na terra de ninguém
onde flutuo,
dança também meu desespero,
- a valsa dolorosa
da agonia dos sozinhos !
José Kappel
Enviado por José Kappel em 29/06/2006
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