AZUL-MARINHO

lisieux

(para Nilo Marinho Neto)

Quem dera, poeta,

eu pudesse sentir

paixão como a tua,

sem hora marcada...

quem dera pudesse,

nos braços de alguém,

ser eu, ser o outro,

ser tudo e ser nada .

Quem dera, poeta,

fazer do espelho

do outro, reflexo...

no brilho dos olhos,

na boca macia,

pudesse provar

o sabor das manhãs.

Quem dera viver

um amor como o teu,

corrente de águas

descendo do NILO,

debaixo de um céu

sereno, tranqüilo,

azul forte,

MARINHO!

BH - 08.05.03

lisieux
Enviado por lisieux em 21/05/2005
Código do texto: T18544