CANETA MALDITA

lisieux

em resposta a Michael Baruk

Caneta maldita que sonha projetos,

que fala de amor e de tristes legados,

caneta que canta os amores passados,

pedaços, fiapos, estilhaços e "restos"...

Caneta que voa através dos papéis,

deixando brotar os sutis pensamentos,

que joga no espaço, ao compasso dos ventos,

lembranças de amores e quartos de hotéis.

Caneta que voa... será que tem alma?

Conhece ela a vida, as dores acalma,

servindo ao poeta de seu analista...

Às vezes, porém, ela choca a platéia,

por mostrar dos amores a vil gonorréia,

atrevendo-se a ser por demais realista.

BH - 15.04.03

lisieux
Enviado por lisieux em 21/05/2005
Código do texto: T18565