IL SANTO DI TUTTO IL MONDO
Nascera Fernando Martins de Bolhões,
Em 15 de agosto, Assunção de Nossa Senhora;
Tanto em outros tempos, como no agora...
Suas palavras, seu exemplo, inspiram a milhões!
Desde a Sua mais tenra idade,
Vivenciada nas terras de Lisboa,
Sem nunca se subjugar à loa,
Deu provas de sua religiosidade!
Viveu ao lume da palavra de Deus
E assentindo ao chamado do Altíssimo,
Trazendo consigo, coração puríssimo,
Deixou prontamente aos seus!
Tomado de tormentos e crises,
Buscou a paz em São Vicente de Fora.
A provação divina, por vezes demora,
Durou ela, muito mais que seus quinzes!
Pelos vinte, fez-se Cônego Regrante,
No mesmo lugar, onde buscara a paz.
Sua incontida ânsia e retidão tenaz,
Foi impelindo-o a outro local importante!
Ao Mosteiro de Santa Cruz, mudou-se.
Em Coimbra, fixou-se em morada,
E aos Frades Menores, fez sua entrada.
Nos Olivais, -Santo Antão- frei colou-se!
Fernando Martins ficou para trás...
Frade Menor Frei Antônio de Lisboa nasceu;
Antônio – do grego: flor, lírio...Conheceu...
A pureza de que seu corpo que Ele foi capaz!
Sua alma inquieta sonhava com mouros...
E ao Marrocos, pôs-se a partir...
Mas, lá chegando, febre começou a sentir,
Em África, não teve sucesso ou louros!
Arribou à Sicília, arrastado por tempestades.
Mas Sua ânsia de evangelização ficou maculada,
Não sabia ele, que Deus ofertara, outra jornada;
Com o Poverello de Assis, trocaria lealdades!
Retirou-se ao eremitório de Montepaólo,
Buscando elevar Sua humildade
Aumentando assim Sua santidade,
Tudo a Lhe servir de consolo!
Num resvalo de Sua ínfima modéstia,
Em Forlívio, tomou a Si uma pregação...
Causando a seus pares, tamanha admiração.
Desse dia, pregador, seguiu como réstia!
Ensinou em Bolonha, eremitório dos frades.
Cruzou terras, a converter hereges,
Em França: Montpellier, Tolouse e Limoges...
Sempre a evangelizar, como os irmãos padres!
Já mais velho, em Pádua, com louvor,
Escreveu os belos Sermões Dominicais
Exercendo, também, os deveres sacerdotais.
Esta urbe adotou-o com muito amor!
De tantas idas e vindas, seu corpo enfraqueceu.
Ainda assim, a seus deveres não deixou.
Tempo depois, em Camposampiero se retirou.
E ali, sua vida a Deus, agradeceu!
Sua morte deu-se em Arcela.
Junto a seu esquife compareceu a população.
Ante ao Santo morto, ela levada foi à compunção.
Não houve homem algum, de vida tão bela!
A sua partida, milagres se sucederam.
Tantos e tantos, impossíveis de contar...
Lembrança viva, a fé do povo a aumentar.
E, em 1232, ao Santo se renderam!
Foi solenemente, por Gregório IX, canonizado.
Ao altar-mor das catedrais, ele subiu.
Nem como Santo, à loa sucumbiu...
Por povos da Cristandade, é até hoje reverenciado!
Julho/2004
PS:Uma homenagem à figura humana de Santo Antônio, sem nenhuma conotação religiosa.