Adorno da dor

Repare peregrino errante,

esse caminho é por demais

perigoso.

Se arrisca muito ao deparartes

com o escárnio,

com o ódio

e com a tão presente melâncolia.

Olhe em volta!

O que vês?

sentes dor?

Mas não tenha medo,

não há nada que não tenha sentido antes.

Tudo é conhecido ao teu coração,

tua sujeira amiga

se exalta com tamanha familiaridade.

tenhas pena apenas de ti;

nesse caminho não vale

de nada a solidariedade.

O que pensas?

O que temes?

Se a carne é fraca,

não te exaltes.

Tua vaidade me entristece!

Apenas siga,

sem se importar com as vontades,

com as sedes luxurintes.

Sêde forte,

ame a morte;

que viver tem nos matado.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 23/05/2005
Reeditado em 12/01/2012
Código do texto: T19144