Estações

Observo pela janela

Dias claros nada calmos

É verão, as pessoas estão afoitas

E chegam os meus preferidos

Noites frias, entre uma gota e outra

Lá se vem tanta chuva, é inverno

E falam das flores

Do perfume, das cores

A natureza se agita, é primavera

E vem o outono tão desnudo

Dias marrons tapetes de folhas

Tão triste quanto a sua cor

E continuo debruçada na janela

Tão inquieta quanta as estações

E tão de passagem quanto elas

Afinal é tudo temporal

A cada rabisco, chuvisco

Faço das palavras minha comoção

Um antídoto pra tratar dos males da razão

E despretensiosamente sigo,

Distante do que planejara

Mas perto do meu coração

Esse sim, é atemporal.

Marã
Enviado por Marã em 17/11/2009
Código do texto: T1929391
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