PEDRA DO SONO
É quando o corpo se verte em cansaço
Remanso de ondas mortas
Desapegado de suas forças diurnas
À beira do abismo dos sonhos
A hora mística do sono
Tempo que não se vê
O tempo que não se vê, mas
Que a vida devora para em seguida
Nos devolver ao mundo, mais velhos
Menos vivos, noite-a-noite
Em que prisão estão confinadas
As horas assaltadas?
Certamente matéria-prima de
Civilizações distantes, daqui
Levadas por arcanjos construtores
...
Todo sono guarda em si uma despedida
* * *
Goiânia, 13 de julho de 2006