VERDADES RASGADAS

Sussurra-te ela agora, algumas verdades rasgadas

Seria dizer-te, como antes e sempre, com palavras incontidas

Como se sente, sei lá, com teu silêncio e partida

E que deveras, na tua indiferença, vê, uma saída.

Sussurra-te ela agora, algumas verdades rasgadas

Como o direito de jogar em teu rosto, culpado ou inocente

De confessar docemente que te ama tanto, tanto e tanto

E afastar-se-á agora, e ainda mais, por enquanto.

Sussurra-te ela agora, algumas verdades rasgadas

Como esse amor passível de beleza morbidamente silenciosa

Mas dane-se o pobre forte coração dela, ele é doente

Padece de um amor, que é nada e tudo. Indiferente.

Renata Marques
Enviado por Renata Marques em 14/07/2006
Código do texto: T193574