Visão

Cobre meu rosto o manto do infinito

Refaço-me espaço, o vácuo cala grito

Impossível permanecer em dimensão visível

Se não tens sentidos, sua percepção cala

No egoísmo que te Possui

Ensandecida amargura de vagar só

Onde espaço se faz sem fim

E o fim vira busca de complemento

Num sem razão de existência

Onde sorver fel é ato contumaz.

Queria gritar no infinito que flui

E minha boca cala refletindo seu silêncio

Queria ser meio e não fim

E meu caminho leva-me a vôo de despenhadeiro

Sempre esbarrando em paredes de impossibilidade

Almejo uma queda rápida

Que aplaque de vez a dor

Dos membros cansados , asas rompidas

E da loucura que se faz presente

Na ausência da sanidade

não mais buscar solução

no escuro da mente

Teria que ter sido verdade

A visão da mão estendida.

Na loucura,

pensei em oferenda

Era apenas pedido.

Mais um.