Mando de Longe
Rondo o branco
da noite, como
se a noite anca
tivesse apenas
essa cor.
Rondo a ternura
de sua carne,
sem curiosidade,
ou propósitos ,
amenos:
Não sou brando,
mas tenho olhos
de criança.
Procuro você a toda hora
e a hora que falta também procuro;
prá lhe dizer meiguices e coisas afins
que só você compreenderia.
Já que não passo
de três quartos
e da meia hora,
mando de longe
para seus olhos de mulher
um beijo e um abraço.
Mesmo que as coisas não dêem
certo,
um dia folgoroso,
elas se acertam.
Não adianta a gente fugir um do outro,
nas branduras do céu já está escrito:
José e Maria, são prá sempre,
na carne e no espírito!
José Kappel
Enviado por José Kappel em 17/07/2006
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