Tempo

No dia dos meus anos,frágeis surpresas.

Diferentes sabores dos mesmos enganos.

Sensação de olhar, tocar, viver.

É o escuro dos retratos, é o resto que não sobra.

E nas estradas e desvios, dos buracos desta obra,

O destino fecha os olhos.

Presente oco, que não se escreve,

Não se mede, não se acredita.

Rachadura antiga, fendas amigas.

Enquanto o tempo determina,

Somos jovens feridas, que desejam a cicatriz.

Somos flores, e o ato de pensar nelas.