Boa Noite JAG

Semeadura

Angélica T. Almstadter

Não pude lhe dar o último abraço.

Não deu tempo de dizer o quanto lhe gostava,

Rogo então, que a mãe terra seja dócil;

Para acalentar o corpo tépido

De quem não parte só, mas leva de nós

Abraços e mãos em aflição.

Não pude beijar sua face,

Tão pouco agradecer os calendários;

Mas dobro meus joelhos,

Nessa mesma terra que lhe recebe,

Onde nenhum de nós criará raízes;

Para regar com meu pranto,

As poesias que nela agora semeias...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 25/05/2005
Código do texto: T19653
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