Boa Noite JAG
Semeadura
Angélica T. Almstadter
Não pude lhe dar o último abraço.
Não deu tempo de dizer o quanto lhe gostava,
Rogo então, que a mãe terra seja dócil;
Para acalentar o corpo tépido
De quem não parte só, mas leva de nós
Abraços e mãos em aflição.
Não pude beijar sua face,
Tão pouco agradecer os calendários;
Mas dobro meus joelhos,
Nessa mesma terra que lhe recebe,
Onde nenhum de nós criará raízes;
Para regar com meu pranto,
As poesias que nela agora semeias...