Vida, coração!

Eis que a vida se externa sorrateira

Invadindo cada espaço de meu ser

Borbulhando pelas veias que me tecem...

Há um toque de beleza derradeira

Na simplicidade que aguça o viver

Onde tempo e razão em vão padecem

Há um som peculiar que me preenche

Compondo sem rigor a sinfonia

Que vibra provocando a existência

E há silêncio para que o cosmo se repense

No segundo em que arrebata minha vida

Apossando-se de minha consciência.

Meu corpo, emoção, a minha alma

Seduzida pelo espaço celestial

Espreguiça e sorri na ingenuidade

Tudo que me cerca é paz e calma

Fazendo-me esquecer que sou mortal

E que pertenço à humanidade.

Infantil meu espírito passeia

A voltear desfrutando a liberdade

Fluído entregue à paixão

Brincando ao redor da lua cheia

Em arabescos enfeitando a eternidade

Desenha um enorme coração...

A vida pulsa enfim pelo espaço

Explodindo e se partindo em mil pedaços

Invadindo todo o universo sem pudor

Fragmentos se aglutinam com desembaraço

Aderindo o cosmo num enorme abraço

Permitindo que se espalhe o amor

O céu se reveste em beleza

Em suaves toque de sutil pureza

Esparramando com delicadeza o amor

Não cabe mais a tristeza

Apenas a gentileza

Provinda do Criador

Priscila de Loureiro Coelho

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 25/05/2005
Reeditado em 01/09/2010
Código do texto: T19739