Pra Onde Vai?
Extremamente atraente,
assim você é,
meiga, terna,
desabando sempre
o ser feliz,
criando sempre
uma novo querubim.
Perceber até que é fácil;
vivenciar este milagre
é doloroso.
Praticá-lo, pior.
Porque há percas
e danos.
Dores mancebas!
Não porque seja diferente
as diferenças são apenas
pontos nesta colcha de
ternuras e apanágios
sem horas.
Sem velas e santos!
Falo do ser feliz
em tê-la.
Obrigado por isso,
desculpe o atraso!
Falo de coisas íntimas
falo do início e do
fim das coisas:
coisas difíceis,
para um homem
jogar com sentimentos
ou ser servido em seu prato.
Se falo é que amacio,
se quero é porque
conquisto.
E se conquisto,eu tenho.
Mas perco. O tempo já
é mercador de minhas
lembranças.
Assim ajuizado de pequenas
dores,
vejo os dias passsarem
e com eles você
se dissipar:
como uma águia que
rompe o horizonte
até as bordas do último céu.
Se tive, não me arrependo:
fui descobrir tarde demais.
O tempo é cuidadoso, bom
e valente.
Deixa para afagar e trair
no final das horas.
Se sofro, sigo sozinho.
O que fazer diante do tempo?
Senão, cabisbaixo, dizer:
Um dia foi milagre
no outro, todo ternura!
Hoje, virou filme passado,
cheio de cadeiras vazias.
Sobrou uma cadeira oca
onde sentam agora só fanstasmas.
E se me perguntam onde estou.
Eu digo lá:
hoje mal sei o que sou!
José Kappel
Enviado por José Kappel em 21/07/2006
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