os anos...
os anos vestem-se com adereço dos dias,
dos meses vividos,
as rugas vincam a face,
agruras do sofrimento…
no silêncio poético da vida,
no alcance do futuro,
o tempo divide,
multiplica angustias,
soma receios,
subtrai sonhos…
do rosto que era seu,
da eternidade sonhada,
perde-se o tempo…
sem sol, sem sombra,
é acaso, palidez do nada,
efémero suspiro,
delírio, êxtase, canto do fim…
poema registado na
Sociedade Portuguesa de Autores /SPA
Lisboa / Portugal