SONETOS: Serra e Fazer Trovas

SERRA

Serra, município onde a natureza

Em formas infinitas todo dia

Mostra encanto em inebriante beleza

Formando terra de intensa magia

Nessa terra sua melhor riqueza

É seu povo trabalhador, que cria

Esperança de uma grande certeza

De que aqui só haverá Paz e Alegria

Serra do Mestre Álvaro tão imponente

Do seu povo nobre, amigo e valente

Agora se expande em tecnologia

Serra dos congos de São Benedito

Do queimado. De um povo nobre, bonito

A quem presto homenagem em poesia.

FAZER TROVAS

Fazer trovas é andar em busca de ouro,

achar riquezas, ter desenvoltura,

criar palavras, qual rico tesouro,

expressar sentimentos e ternura.

Fazer trovas é encanto sem desdouro,

vislumbrando os afetos e a ventura.

É desejar a fama, belo louro,

criar muita poesia e dar candura.

Juntando textos até ali dispersos,

nasce o milagre, o ápice do sonho,

emoldurando o quadro de seus versos.

Ao trovar, na volúpia da emoção,

as quimeras, o amor - triste ou risonho -

o trovador perfuma o coração!

(Este soneto foi escolhido pelo escritor Eno Teodoro Wanke para integrar o livro “Os Mais Belos Sonetos sobre a Trova”).

CLÉRIO JOSÉ BORGES ESCRITOR CAPIXABA
Enviado por CLÉRIO JOSÉ BORGES ESCRITOR CAPIXABA em 23/07/2006
Código do texto: T199823