Liberdade
Nos teus olhos plácidos
O adormecer do sol é tranqüilo
Longe do burburinho clássico
Bailam sombras mortas
De um mundo trágico
Uma pitada de ilusão
Refaz um sonho estático
Muito, muito antes da paixão
E o que parecia revirado
Morre nas pupilas do teu cansaço
Calmaria envolta de tensão
Tece de medo e angústia
O riso gasto de paixão
O silêncio amanhece na ironia
Adormece agarrado à solidão
Um novo tempo devora
Palavras articuladas em segredo
Não há jaulas para tantas feras
Nem cadeados para tanto medo
A pacata sobrevida comemora
A frouxidão das minguadas esperas.