Liberdade

Nos teus olhos plácidos

O adormecer do sol é tranqüilo

Longe do burburinho clássico

Bailam sombras mortas

De um mundo trágico

Uma pitada de ilusão

Refaz um sonho estático

Muito, muito antes da paixão

E o que parecia revirado

Morre nas pupilas do teu cansaço

Calmaria envolta de tensão

Tece de medo e angústia

O riso gasto de paixão

O silêncio amanhece na ironia

Adormece agarrado à solidão

Um novo tempo devora

Palavras articuladas em segredo

Não há jaulas para tantas feras

Nem cadeados para tanto medo

A pacata sobrevida comemora

A frouxidão das minguadas esperas.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 23/07/2006
Código do texto: T200444
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