LIBERTOS!

Longe da ternura das tuas mãos,

fez tanto frio;

rios de águas mortas eu vertia,

sempre o sol luzia as meninas

dos teus olhos, onde eu me via.

Cravado o olhar no imenso céu,

te orei: "Me acuda!"

contra o fel da solidão, treva, minha crença;

cada delírio pedia ajuda e um beijo teu,

minha fogueira intensa.

Eu toco em teus pelos agora

e rio da solidão que tu, como eu,

diluístes nas veias, e terna tu ris;

o amor são calafrios,

sensações sutis.

Te oferto um ramo de jura,

fruto farto em mim que, como em ti,

brota viçoso, quente e tanto mais;

amor siamez que a vida nos doa,

lira em nós, prazer que a vida apraz.

Tony Guedes

Tony Guedes
Enviado por Tony Guedes em 24/07/2006
Código do texto: T201022