Perdoa-me, Poesia

Angélica T. Almstadter

Com a face encarquilhada e sem esperanças

Recolho-te filha dos meus sentimentos

Retiro-te das lides...pra longe dos olhares

Perdoa minha insistência...minha carência

Só eu conheço as tuas nuanças

E só tu conheces os meus momentos

Me perdi em tantos mares e lugares

Te queria levar não só de aparência

Mas profunda como só tu podes ser

Te escancarei as portas sem reserva

Esqueci o pacto que nos une

Tantos olhos passaram sem te ver

Te joguei alhures à caterva

Meu coração apertado te recolhe em cacos

Perdoa-me amada companheira

Se não te fiz minha amante primeira

Volta e traz de novo teu lume

Vamos varar as noites em aconchego

Nos braços da nossa solidão

Perdoa meu coração afoito e sem juízo

Foi preciso verter em lágrimas minha dor

Violentar meu grito silencioso

Para que eu recobrasse o siso

Perdoa meu egoísmo...meu desamor

Meu peito palpita ansioso

Recebe em teus versos minhas emoções

Dá-me a tua companhia amorosa

Novamente sem receio e restrições

Sê comigo pacienciosa...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 27/05/2005
Código do texto: T20124
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