Sinto muito

Angélica T. Almstadter

Sinto descalçar minhas lembranças,

Enfiar a cara na realidade.

Por mais grossa que seja a esperança;

Não há consistência nesse toque;

Nesse gole.

Gastamos nossos traços,

Nas veias incadescentes,

Enquanto a lua passeava tranqüila...

Onde será que filmaram nossas tragédias?

Se só ousam passar alguns recados,

Acender lamparinas entre as correntes;

Quando o riso ecoa, na bocas sérias.

E nós? Nós somos a melhor mentira,

Que surgiu nessa miséria...

A paz tremula nos varais...

Norteia os caminhos da rua

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 27/05/2005
Código do texto: T20135
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