Sinto muito
Angélica T. Almstadter
Sinto descalçar minhas lembranças,
Enfiar a cara na realidade.
Por mais grossa que seja a esperança;
Não há consistência nesse toque;
Nesse gole.
Gastamos nossos traços,
Nas veias incadescentes,
Enquanto a lua passeava tranqüila...
Onde será que filmaram nossas tragédias?
Se só ousam passar alguns recados,
Acender lamparinas entre as correntes;
Quando o riso ecoa, na bocas sérias.
E nós? Nós somos a melhor mentira,
Que surgiu nessa miséria...
A paz tremula nos varais...
Norteia os caminhos da rua