Manhã de chuva

Debruçei os seios no parapeito

E soltei o olhar de contentamento

A bailar na chuva

Gotas mansas no recreio da ilusão

Fizeram meus passos delizarem

Acendi as velas do meu coração

Experimentei o meu momento

Ao sabor do pensamento

No compasso dessa chuva

Pingando em cores pelas cumieiras

As melindrosas águas

Escorrem em lendas faceiras

Chuvas cheias de mágoas

Passeio meus olhos no ribeirão

Transbordante de ilusões

Pra guardar dentro dos meus versos

As águas dessas chuvas

Que descem riacho abaixo

Deitadas na plácida manhã

Sonho na manhã de chuva

Debruçada na janela

Com as águas sonoras

Que me inundam de desejos por elas

Vagueando pelas horas

Meu sonho gotejando águas

No vórtice das minhas mágoas

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 27/05/2005
Código do texto: T20153
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2005. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.