Pequeno Grande Homem

Ansiosos esperavam tua chegada,

Aqueles para os quais te tornaste a razão da vida.

Nove meses te esperaram,

E, eis que o grande dia aconteceu:

Vieste chorando, já clamando carinhos;

Cuidados especiais que só uma mãe pode dar.

Eis que o tempo passa,

E, como toda criança,

És travesso e adora brincar.

Não nasceste em berço de ouro,

Mas recebes de teus pais e amigos

Um amor superior a este pobre rico metal.

Ainda pequeno, já és grande homem;

Quando grande, creio eu,

Tua personalidade em nada mudará.

Se mudar, será pra melhor,

Pois forte é a formação recebida de teus pais.

Não sei o que sonhas ser:

Se médico, doutor, ou mesmo pedreiro,

Profissão orgulhosamente exercida por teu pai.

Não sei se terás grande estrutura,

Mas certamente serás um grande homem,

Ou mesmo um pequeno grande,

Mas jamais um grande pequeno homem.

Eis, pequeno grande homem,

Orgulho do amor de teus pais,

Que um imenso mundo te espera.

Colégio, trabalho, garotas,

Isto e tudo mais farão parte de teu dia-a-dia,

Mas agradeças sempre o dom da vida.

Não sei, amigo meu,

Se, como eu, te tornarás pensador, poeta,

Ou se nada disto te interessa.

Mas independente do que fores na vida,

Agradeça pelos pais e amigos que te amam,

E peça aos céus por mim.

Se um conselho me pedisses, pequeno grande homem,

Diria corajosamente:

Não sejas pensador, podes enlouquecer;

Não sejas poeta, podes, como eu,

Viver dos sonhos e esquecer do feijão.

Mas sejas, a cima de tudo,

O que teu coração pedir.

Para Jonas Maia Zeferino

Rio Preto,26/07/1991

BJ Duarte
Enviado por BJ Duarte em 25/07/2006
Código do texto: T201834
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