Princindia *

Fico na escuridão de meu quarto

A imaginar o que estás fazendo,

E me coloco a teu lado,

Minha pequena princesa,

Vivendo assim momentos de felicidade.

Mas, princesa minha,

Quão terrível é a realidade

Quando volto a mim e percebo

Que não passou de fantasia!

Dores horríveis me massacram,

E vejo o quanto é inútil buscar filosofias,

Maldita ciência racional,

Senhora de minha infelicidade,

Se a cada momento me distancio de ti,

Princesa da selva, pequenina índia.

O quanto seria mais fácil

Se não racionalizasse tanto os atos meus!

Ah, índia minha,m se pudesse revelar-te

Os segredos que em sofrimento trago!

Talvez pararia de sofrer

Se os sentimentos meus eu te revelasse;

Se não racionalizasse o que sinto

E não buscasse respostas filosóficas

Para explicar os sentimentos meus,

Busca inútil do inexplicável.

Seria tudo tão simples

Se tudo eu te revelasse;

Mas não posso, acredites,

Temo tua reação,

E que este momento de fantasia

Venha a se tornar tragédia.

Que fique, índia minha,

Princesa das grandiosas florestas,

Tudo como está.

Que tu não venhas a conhecer os sentimentos meus,

E que eu sofra eternamente

Por não poder estar junto de ti.

(Nota: * princindia = princesa índia)

BJ Duarte
Enviado por BJ Duarte em 27/07/2006
Código do texto: T202939
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