Sem pudor

Ancora seu rosto no leito frágil do meu peito

Se ajeita no meio dos meus seios sem pudor

Aceita ser o meu eleito

Sem receios, sem rubor

Encaixa seu corpo no vão das minhas coxas

E sussurra seus desejos na minha pele

Sua voz me arrepia os sentidos

O carinho da sua barba me roça e deixa roxa

Como tatuagem que se revela e adere

Em toques atrevidos

Que meu ventre seja seu abrigo

Em tudo que ofereça

Sela no meu o seu umbigo

E sem culpas, deixa que aconteça

Essa paixão sem cortes

Não me acorde ainda

Deixa que eu sinta o seu perfume

Exalando pelos meus poros

E só depois dessa febre finda

Quero ver de novo o dia, o lume

Pra mostrar ao mundo que existo

Digam que é proibido, sei lá

Nem assim eu resisto

Continuo sua gata angorá.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 28/05/2005
Código do texto: T20313
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