Qualquer dia...

Qualquer dia quando eu deixar

de ser só uma voz

Que não tem eco nem inflexão...

eu aprendo a chorar.

Quando eu aprender

a recolher os cacos

eu aprendo a lição.

Qualquer dia quando

entender que

esse sol também é meu

eu aceito esse calor

Quando eu puder dispor

do meu tempo sem pudor

Quando eu olhar para o espelho

e sem medo me encarar de fato.

Qualquer dia eu olho

e choro...

Qualquer dia eu solto

o meu eu e me relato.

Quando a esperança

cálida, tingir

minha vida pálida

Ou quem sabe quando

eu limpar meu coração

dessa inútil razão

Quem sabe eu olho

e choro...

Quem sabe eu me acho

no meio desse

descaso,

Essa vida sem graça

que nem sorrindo passa...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 28/05/2005
Código do texto: T20315
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