SONO ETERNO.

Quero morrer, me de o céu,

Encobrir-me-á o sono eterno

Como a negridão dum véu,

Qual adocicado beijo materno.

A suave pluma dum cisne

Qual luar embriagado

Contempla amor sublime

Na pureza tranqüila dum lago.

Mas morte não é assim,

É negra, é cruel,

É mal, que chega ao fim,

Ruim, negridão no céu.

Calo-me então

Para que morrer,

Para que escuridão,

Deixe tristeza ascender.

(D`Eu)

Sidnei Levy
Enviado por Sidnei Levy em 28/05/2005
Código do texto: T20335