Do Outro Lado
Na volúpia do tédio,
me sobra ainda tempo
para descobrir
que, do meu outro lado,
habitam sombras
e florestas.
Reluzes!
Se são ávores,
são comuns,
medrosas e de uso,
se pedem sol,
estão sedentas !
São sombras das
florestas rústicas,
que fazem meu descanso!
Copas dos Lúcidos!
São elas que apaziguam
com encanto,
a dor interior,
de um dia ser senhor,
noutro,
servil!
Na Paz dos Comedidos!
E se hoje acato,
é porque sou sombra;
se hoje aceito,
é porque só navego
em rasos regatos!
Em pávidos ombros
cansados!
José Kappel
Enviado por José Kappel em 28/07/2006
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