Gratidão
Apareceste envolta em luz
Para iluminar o jardim de minh’alma
Quando me encontrava
Envolto nas trevas de minha existência.
Foste a gloriosa deusa
Que veio restituir-me a vida
Quando já me encontrava desfalecido
No seio da densa treva
Que envolvia por completo o meu mísero ser.
Encontrava-me mergulhado
No abismo de meu eu
E, sem razão para continuar vivendo,
Buscava a doce companhia da morte
E já não vivia e sim vegetava.
Só esperava a vinda da solução
Que no momento mais almejava,
Ou seja, a morte
Para terminar assim com a solidão.
E com a mesquinhez desta existência vazia e sombria.
Jamais poderia imaginar
Que tais deusas existissem.
Achava que isso só acontecia em contos de fada,
E no início não acreditei,
Imaginei estar sonhando.
Mas ao olhar-te
Percebi a chama divina que brotava de teu olhar,
E, recobrando os sentidos,
Recuperei a razão de meu viver.
Mas ao partires,
Senti-me novamente em meio às trevas,
Porém com uma única diferença:
É tua imagem tão pura e santa
Que não sai de meus pensamentos.
Agora, só o que tenho a dizer
É agradecer-te pelo bem que me fizeste
Dando sentindo à minha vida
E frutificando e preenchendo o vazio de meus ser
Reconstituindo-me a felicidade outrora perdida.
Só me resta agradecer
A ti que tudo foste para mim.
Obrigado por tua amizade
E que o que de toda eternidade é Senhor
Te recompense por ter tirado do seio das trevas
Este que outrora , sob angústias, desfalecia.