Gratidão

Apareceste envolta em luz

Para iluminar o jardim de minh’alma

Quando me encontrava

Envolto nas trevas de minha existência.

Foste a gloriosa deusa

Que veio restituir-me a vida

Quando já me encontrava desfalecido

No seio da densa treva

Que envolvia por completo o meu mísero ser.

Encontrava-me mergulhado

No abismo de meu eu

E, sem razão para continuar vivendo,

Buscava a doce companhia da morte

E já não vivia e sim vegetava.

Só esperava a vinda da solução

Que no momento mais almejava,

Ou seja, a morte

Para terminar assim com a solidão.

E com a mesquinhez desta existência vazia e sombria.

Jamais poderia imaginar

Que tais deusas existissem.

Achava que isso só acontecia em contos de fada,

E no início não acreditei,

Imaginei estar sonhando.

Mas ao olhar-te

Percebi a chama divina que brotava de teu olhar,

E, recobrando os sentidos,

Recuperei a razão de meu viver.

Mas ao partires,

Senti-me novamente em meio às trevas,

Porém com uma única diferença:

É tua imagem tão pura e santa

Que não sai de meus pensamentos.

Agora, só o que tenho a dizer

É agradecer-te pelo bem que me fizeste

Dando sentindo à minha vida

E frutificando e preenchendo o vazio de meus ser

Reconstituindo-me a felicidade outrora perdida.

Só me resta agradecer

A ti que tudo foste para mim.

Obrigado por tua amizade

E que o que de toda eternidade é Senhor

Te recompense por ter tirado do seio das trevas

Este que outrora , sob angústias, desfalecia.

BJ Duarte
Enviado por BJ Duarte em 31/07/2006
Código do texto: T205765
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.