Ah, se vai
Vai me abraçar o corpo molhado,
Não do banho levemente perfumado;
De chuva regado com delicadeza.
Vai beijar minha boca com sutileza,
Não com o beijo rotineiro;
Mas num ritual de toques orquestrados,
Dos desejos mais aventureiros,
Vai passear em procissão;
Sobre as letras da minha canção
E pedir que eu esteja até o pescoço
Encharcada de tesão.
Só depois de me sentir até o osso,
Em doses homéricas;
É que vai adormecer no bamboleio,
Do vai e vem do meu seio.