A mulher que ama

A mulher que ama tem um rio apressado

A correr pelas veias náufragas

Lavas de um vulcão descontrolado

Se derramando sobre o corpo tépido

Só de brilhos se veste seus olhos amantes

Marejados de alegria

Ou transbordando choros arfantes,

Lapidados brilhantes

A mulher que ama destoa

Se doa

Ri a toa

Volita sem asas

Tem o ventre em brasas

Não segura o seio que palpita

E sob a roupa se agita

Empina

Desatina

A mulher que ama perde o chão

Tem acessos de paixão

Não tem freios no coração

De amor de alimenta

Se sustenta

Se curva às esperas

Perde a fala, só vê a realeza

A beleza do seu amor

A mulher que ama se multiplica

Se santifica

Porque no amor se encanta

E com zelo

Para ele canta

O amor de uma mulher é jóia sem preço

Entregue e revirada

Inteira, ao certo e do avesso

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 29/05/2005
Código do texto: T20598
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