PASSAGEIRO
sublevou o olhar,
às piscadelas,
em silenciados toques de adeus
o corpo que aquecia o corpo
nas noites magras de inverno
jazia acanhado e frio, num leito qualquer
não teve de quem se despedir
nem porque de, portanto, chorar...
a luz do tempo
cobre-o de vida,
fecha-lhe os olhos
num contato de paz!...