Meu corpo um dia quero pó,
Quero cinzas a serem lançadas
No dorso do mar esverdeado
Para que sejam acalentadas pelas águas.
Não sinta tristeza quando partir
Não se arrependa de tudo
O que não disseste a mim;
Pois teu pensamento juro que ouvi,
chorei e guardei dentro de mim.
Veja-me como brisa
a beijar-te a face nas manhãs de sol.
Partirei num dia de chuva
A mesma chuva que tanto amei.
Viajarei até a lua
E de lá te olharei...
Se na fogueira de outras eras retornei,
Hei de ir desta para o velho ciclo completar.
E como uma fênix novamente renascer
É um constante purificar!
Fadas e borboletas me guiaram,
Partirei como for, sorrindo!
Pois desabrocharei como nova flor
Só que com menos espinhos...