Gata domesticada
Gata vadia
Gata namoradeira
Hoje olho para ti
E já não te conheço...
Passeavas-te pelos telhados
Já tão bem conhecidos teus
Enamoravas-te por todos
E não amavas nenhum
Deitavas-te leviana
Sem dó, em qualquer cama
Mas sem entregar o teu coração...
O teu coração sem dono.
Mas olho agora
E vejo-te nova
Porque não te passeias mais?
O destino pregou-te uma peça
Nesses telhados já não te passeias
Aconchegas-te agora
Com o teu gato vadio
Aquele que te encontrou
Aquele que te amarrou
Que roubou teu coração vadio
Coração domesticado
Coração amado!