SOZINHO

Sozinho caminho pela rua da tristeza

Minha sombra se foi a casa

Sigo sem rumo, subindo montanhas de pena

sem virgem nem anjo

de um celeste agora negro.

Sozinho alimento as histórias,

de minha vida sem assunto.

Sou o grão que o leito leva,

Sem melodia, desapareço ao vento

Abandonado, perdido sem astros.

Nem lágrimas caem nas pétalas,

nem sangue corre nos rios.

Sozinho fui ao encontro

de um amor escrito em verbo

dentro do profundo olhar

as cores já não propagam

amigos já não contam.

Se a vida é um ciclo

A minha tem nome e sobrenome

Triste Solidão.

Fabs
Enviado por Fabs em 06/08/2006
Código do texto: T210289